O que é aldravia?
Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa forma nova demonstra uma via de saída para a poesia – aldravia. O Poema é constituído numa linométrica de até 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração. Abaixo, aldravias de seus criadores: |
aldravias
buscam continentes em longínquas porções
Andreia Donadon Leal
|
aldravia
meu verso universo em poesia
Gabriel Bicalho
|
morangos
passeiam sob blusa de algodão
J. B. Donadon-Leal
|
trovões
riscam céu: chuva de palavrões
JS Ferreira
|
J.B. Donadon-Leal
seis
solidões
solidárias
ave
aldravia
apaixonada!
Aldravias de colaboradores
Aldravias de Vanise Buarque (Rio de Janeiro - RJ)
The
Food Smelling the mouth watering |
The
Truth Opportunity For Good will |
Love
The Short Way For health |
Children
May Simply Smile At you |
The
Moon Alone In The sky |
The
Way To Love Well thankfulness |
Friends
Need To Go back home |
Mother
Unconditional Love Guardian Angel alive |
Aldravias de Marilza de Castro (Rio de Janeiro - RJ)
poesia
em liberdade poema livre aldravia |
Carnaval
seus prazeres canais dão poesia |
Solicitude
só lícita se verdadeira atitude |
sonhar
só no mar salga ideia |
palavra
arma eficaz para fazer paz |
poesia
une versos universos em poesia |
Elegante
cavalheiro doma cavalgadura da dama |
Pierrô
arlequim colombina amor em trilogia |
religião
invento humano para regrar vida |
sopro
de amor nos dá vida |
Aldravias de Messody Ramiro Benoliel (Rio de Janeiro - RJ)
Após
nossos corpos entrelaçados anoiteceu silenciosamente |
Inveja
maltrata enruguece somente invejosos contumazes |
dúvidas
estremecem relacionamentos quando permanecem presentes |
Saudade
bandoleira sem ontem hoje amanhã |
Mãozinhas
dadas antigamente agora solidão somente |
amor
vem amor vai gangorra constante |
chuvas
gostosas lembranças tuas minhas nossas |
Ressentimentos
incertezas perturbam machucam se entrelaçam |
Voz
que acalma vem da alma |
Olhares
profundos instigam vontades desejos festejos |
Aldravia de Rui Martins da Mota (para: Luiz Gondim e Rafael Nogueira)
Três
Diferentes
Trovadores
Sincronicidade
Unidade
Poética
Aldravias de 05 versos de Marília Siqueira Lacerda (Ipatinga - MG)
vida
corre depressa qual aldravias |
chuva
cai música embala sono |
noite
dia silêncio dobrado feriado |
retratos
pela casa digerir saudades |
falta
calor abraço filho ausente |
sol
acorda dia sabiá canta |
corpo
arrepios alento cobertor aquece |
águas
caindo março antecipa frio |
Aldravias de Mário Donadon Leal - DonLeal (Maringá - PR)
via
bravia breve aldravia leve bravo |
poema
põe-se poeira cipó teia goteira |
cereal
ser real bruto brota cio |
hit
parede rita rede rude rádio |
prato
prata parto porto canal narina |
sono
senha sino sena cassino sonho |
Aldravias de Luiz Gondim (Rio de Janeiro)
quero
vestir tua noite despindo censuras |
fui
letra depois palavra agora oração |
basta
uma estrela em meu céu |
como
equilibrar equações em cada ausência? |
orvalho
sem licença pousa na flor |
aldravia
voa longe além do mar |
Aldravias de Fabrício Avelino (Barbacena, MG)
sua
sobre pétalas pousa saliva sua |
gotas
de seio nu vertem ventres |
curto
e grosso o não exposto |
linha
reta rotas tortas letras alteradas |
lua
crescente em quarto minguante adolescente |
luto
em vida de sol poente |
Aldravias de Marisa Godoy (Ponte Nova, MG)
Aldravia
tanta poesia em tão pouco |
Abelha
morta: menos mel no pote |
Casa
gradeada, portão trancado: sou livre? |
Aldravias de Amélia Marcionila Raposo da Luz (Pirapetinga - MG)
Fui
linha e ponto tecendo remendo |
carta
guardada de amor perdido despedida? |
paz
fresta janela crianças passam alarido! |
maçãs
carnudas corpo de mulher Vênus |
urrus
murmúrios cochichos ruídos sussurros ... muidezas |
barganho
com a vida celebro mocidade |
palavras
resmungam aldravias nos meus ouvidos |
virgem
véu flor de laranjeira noiva |
fui
gota respingo rio hoje oceano |
nem
fruto nem flor semente somente |
debruço
sobre o texto choro silêncios |
no
fundo palavras presas querendo emergir |
Aldravias de Goreth de Freitas (Ipatinga, MG)
No
trem da noite tateio silêncios |
No
trem compreendi chegadas e partidas |
No
trem bebo cálices de solidão |
Fatos
e fotos levam-me ao trem |
Naquela
curva do trem, infinitos arrepios |
O
trem vai o tempo passa |
O
trem leva e traz poesia |
O
trem vai. O mistério continua |
Fragmentos
de mim ficaram no trem |
Ao
lado do trem, amor marginal |
Meninos
em alvoroço: chegada do Trem |
Paraíso
verde: Imagem clicada do trem |
Aldravias de Maria Beatriz del Peloso Ramos (Rio de Janeiro)
Mar
arado pelos olhos colho saudade |
Saudade
amuleto líquido usado no peito |
Pulsa
duplo azul na paisagem: Verão |
Aldravias (aldravisartes) de Luiz Poeta ( Luiz Gilberto de Barros - Rio de Janeiro)
No
inefável riso chapliniano lírica tristeza |
Mar
amniótico feto respira sem aparelhos |
Girassóis
pulsam tela de Van Gogh |
Sem
pressa aracnídeo espreita a presa |
Monalisa
imortalizou Da Vinci num sorriso |
Aldravias de Cecy Barbosa Campos (Juiz de Fora, MG)
Nuvens
passantes escondem estrelas: tímidas top-models |
Cabelos
molhados gingando faceiros ao vento |
Aldravas
anunciam visita ao meu coração |
Flores
chorando tristeza dentro da jarra |
Luar
indiscreto banhando meu corpo despido |
Pássaros
cumprimentam o sol Sinfonia matinal |
Parabéns pelo belo Projeto.Visitei o site, e muito apreciei.
ResponderExcluirLivia Abdala-Libano
Parabéns aos Poetas Aldravistas pela bela composições.
ResponderExcluirQuanto à "ASSOCIAÇÃO" proposta, estou lançando-a no meu 'DICIONÁRIO DE SIGALTURAS', que pretendo tê-lo, um dia, editado.
Estou no 'recantodasletras.com.br/autores/profaro'.
Abraço.
Ademir
Ruuim paa karaio
ResponderExcluirFilho da Putha
ResponderExcluirBom dia. Eu crio poemas e afins, agora, irei investir nesse formato.Eu achei bem interessante essa vertente.
ResponderExcluirParabéns a todos
Amo escrever aldravias. Sinto-me livre para poetizar.
ResponderExcluirVivo
Revivo
Dizendo
Aldravias
Voando.
Sérgio Gaiafi
Vírus/mortal/infecta/mundo/sem/defesa Jailda Galvão Aires
ResponderExcluirHá mais de um ano conheço esta forma minimalista de versejar. Faço parte da Primeira Antologia de MULHERES ALDRAVIANISTRAS - 10 poetas (isas), como queiram. Parabéns pelas explicações claras e precisas.