quarta-feira, dezembro 21, 2011

domingo, dezembro 11, 2011

O sarau do Caiubi


CANTARAU TATARITARITATÁ 
Comemorando os 5 anos e mais de 200 mil acessos do Tataritaritatá no YouTube (http://www.youtube.com/luizalbertomachado), realizarei o Cantarau (cantoria + sarau) no Sopa de Letrinhas – O sarau do Caiubi, dia 15/12, às 21hs, no Bagaça Botequim & Petiscaria, em São Paulo.

Aproveite e veja os detalhes e outras novidades enquanto curte o clipe da nossa mensagem de Feliz Ano Novo na WebTVRádio Tataritaritatá na minha home page abaixo.

Escritor, compositor & radialista (DRT 1511-PE)

domingo, dezembro 04, 2011

O que é aldravia?

O que é aldravia?
Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa forma nova demonstra uma via de saída para a poesia – aldravia. O Poema é constituído numa linométrica de até 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração. Abaixo, aldravias de seus criadores:

aldravias
buscam
continentes
em
longínquas
porções
Andreia Donadon Leal
aldravia
meu
verso
universo
em
poesia
Gabriel Bicalho
morangos
passeiam
sob
blusa
de
algodão
J. B. Donadon-Leal
trovões
riscam
céu:
chuva
de
palavrões
JS Ferreira

J.B. Donadon-Leal


seis
solidões

solidárias

ave
aldravia
apaixonada!

Aldravias de colaboradores
Aldravias de Vanise Buarque (Rio de Janeiro - RJ)
The
Food
Smelling
the
mouth
watering
The
Truth
Opportunity
For
Good
will
Love
The
Short
Way
For
health
Children
May
Simply
Smile
At
you
The
Moon
Alone
In
The
sky
The
Way
To
Love
Well
thankfulness
Friends
Need
To
Go
back
home
Mother
Unconditional
Love
Guardian
Angel
alive

Aldravias de Marilza de Castro (Rio de Janeiro - RJ)
poesia
em
liberdade
poema
livre
aldravia
Carnaval
seus
prazeres
canais
dão
poesia
Solicitude

lícita
se
verdadeira
atitude
sonhar

no
mar
salga
ideia
palavra
arma
eficaz
para
fazer
paz
poesia
une
versos
universos
em
poesia
Elegante
cavalheiro
doma
cavalgadura
da
dama
Pierrô
arlequim
colombina
amor
em
trilogia
religião
invento
humano
para
regrar
vida
sopro
de
amor
nos

vida
 
Aldravias de Messody Ramiro Benoliel (Rio de Janeiro - RJ)
Após
nossos
corpos
entrelaçados
anoiteceu
silenciosamente
Inveja
maltrata
enruguece
somente
invejosos
contumazes
dúvidas
estremecem
relacionamentos
quando
permanecem
presentes
Saudade
bandoleira
sem
ontem
hoje
amanhã
Mãozinhas
dadas
antigamente
agora
solidão
somente
amor
vem
amor
vai
gangorra
constante
chuvas
gostosas
lembranças
tuas
minhas
nossas
Ressentimentos
incertezas
perturbam
machucam
se
entrelaçam
Voz
que
acalma
vem
da
alma
Olhares
profundos
instigam
vontades
desejos
festejos

Aldravia de Rui Martins da Mota (para: Luiz Gondim e Rafael Nogueira)


Três

Diferentes
Trovadores
Sincronicidade
Unidade
Poética

Aldravias de 05 versos de Marília Siqueira Lacerda (Ipatinga - MG)
vida
corre
depressa
qual
aldravias
chuva
cai
música
embala
sono
noite
dia
silêncio
dobrado
feriado
retratos
pela
casa
digerir
saudades
falta
calor
abraço
filho
ausente
sol
acorda
dia
sabiá
canta
corpo
arrepios
alento
cobertor
aquece
águas
caindo
março
antecipa
frio

Aldravias de Mário Donadon Leal - DonLeal (Maringá - PR)
via
bravia
breve
aldravia
leve
bravo
poema
põe-se
poeira
cipó
teia
goteira
cereal
ser
real
bruto
brota
cio
hit
parede
rita
rede
rude
rádio
prato
prata
parto
porto
canal
narina
sono
senha
sino
sena
cassino
sonho
Aldravias de Luiz Gondim (Rio de Janeiro)
quero
vestir
tua
noite
despindo
censuras
fui
letra
depois
palavra
agora
oração
basta
uma
estrela
em
meu
céu
como
equilibrar
equações
em
cada
ausência?
orvalho
sem
licença
pousa
na
flor
aldravia
voa
longe
além
do
mar
Aldravias de Fabrício Avelino (Barbacena, MG)
sua
sobre
pétalas
pousa
saliva
sua
gotas
de
seio
nu
vertem
ventres
curto
e
grosso
o
não
exposto
linha
reta
rotas
tortas
letras
alteradas
lua
crescente
em
quarto
minguante
adolescente
luto
em
vida
de
sol
poente

Aldravias de Marisa Godoy (Ponte Nova, MG)
Aldravia
tanta
poesia
em
tão
pouco
Abelha
morta:
menos
mel
no
pote
Casa
gradeada,
portão
trancado:
sou
livre?

Aldravias de Amélia Marcionila Raposo da Luz (Pirapetinga - MG)
Fui
linha
e
ponto
tecendo
remendo
carta
guardada
de
amor
perdido
despedida?
paz
fresta
janela
crianças
passam
alarido!
maçãs
carnudas
corpo
de
mulher
Vênus
urrus
murmúrios
cochichos
ruídos
sussurros
... muidezas
barganho
com
a
vida
celebro
mocidade
palavras
resmungam
aldravias
nos
meus
ouvidos
virgem
véu
flor
de
laranjeira
noiva
fui
gota
respingo
rio
hoje
oceano
nem
fruto
nem
flor
semente
somente
debruço
sobre
o
texto
choro
silêncios
no
fundo
palavras
presas
querendo
emergir

Aldravias de Goreth de Freitas (Ipatinga, MG)
No
trem
da
noite
tateio
silêncios
No
trem compreendi
chegadas
e
partidas
No
trem
bebo
cálices
de
solidão
Fatos
e
fotos
levam-me
ao
trem
Naquela
curva
do
trem,
infinitos
arrepios
O
trem
vai
o
tempo
passa
O
trem
leva
e
traz
poesia
O
trem
vai.
O
mistério
continua
Fragmentos
de
mim
ficaram
no
trem
Ao
lado
do
trem,
amor
marginal
Meninos
em
alvoroço:
chegada
do
Trem
Paraíso
verde:
Imagem
clicada
do
trem

Aldravias de Maria Beatriz del Peloso Ramos (Rio de Janeiro)
Mar
arado
pelos
olhos
colho
saudade
Saudade
amuleto
líquido
usado
no
peito
Pulsa
duplo
azul
na
paisagem:
Verão
Aldravias (aldravisartes) de Luiz Poeta ( Luiz Gilberto de Barros - Rio de Janeiro)
No
inefável
riso
chapliniano
lírica
tristeza
Mar
amniótico
feto
respira
sem
aparelhos
Girassóis
pulsam
tela
de
Van
Gogh
Sem
pressa
aracnídeo
espreita
a
presa
Monalisa
imortalizou
Da
Vinci
num
sorriso

Aldravias de Cecy Barbosa Campos (Juiz de Fora, MG)
Nuvens
passantes
escondem
estrelas:
tímidas
top-models
Cabelos
molhados
gingando
faceiros
ao
vento
Aldravas
anunciam
visita
ao
meu
coração
Flores
chorando
tristeza
dentro
da
jarra
Luar
indiscreto
banhando
meu
corpo
despido
Pássaros
cumprimentam
o
sol
Sinfonia
matinal

sábado, dezembro 03, 2011

“É permitido o devaneio, e ele dá sentido àquilo que vê”.

Artes-Almandrade
 



A mostra é constituída de diversos suportes utilizados por Almandrade. São trabalhos elaborados dentro de princípios e critérios que vêm direcionando a produção do artista, por quase quatro décadas. “O Almandrade capricha nas miniaturas de suas criaturas, cuja nudez implica mudez, límpido limpamento do olho artístico, já cansado da fantástica história da arte deste século interminável, deste milênio infinito.” (Décio Pignatari, 1995). Século que já é passado. O importante é mostrar, mesmo de forma abreviada, o percurso do artista . A coerência e o rigor do artista em lidar com diferentes suportes, incluindo a palavra (poesia), fazem de Almandrade, um pensador que se utiliza desses suportes para produzir reflexões.

A proposta artística de Almandrade convida o espectador a pensar sobre a própria natureza da arte. Depois da passar pelo concretismo e arte conceitual nos anos 70, seu trabalho prossegue na busca de uma linguagem singular, limpa, com um vocabulário gráfico sintético. Aparentemente frias, suas construções estéticas impressionam pelo rigor e pela leveza de suas concepções, marcadas pelo exercício de um saber ao lidar com formas, cores, a matéria e o conceito. Provocam emoções variadas conforme o ponto de vista do observador. Que ninguém duvide: a economia de elementos e de dados não se dá por acaso, configura uma opção estética, inteiramente coerente com a tendência a síntese, ao traço essencial, ao quase vestígio. Um nada, cuja gênese reside na totalidade absoluta. Assim também é a sua poesia.

Esta exposição é um recorte do seu trabalho elaborado em mais de três décadas de utilização do objeto de arte para estimular o pensamento e provocar a reflexão, segundo critério fundamentados na racionalidade, na materialidade e, não por acaso, na economia de dados, sem deixar que conceitos sobreponham ao fazer artístico. Almandrade compromete-se com a pesquisa de linguagens artísticas que envolve artes plásticas, poesia e conceitos. No percurso do artista destaca-se a passagem pelo concretismo e a arte conceitual, nos anos 70, o que contribuiu fortemente com a incessante busca de uma linguagem singular, limpa, de vocabulário gráfico sintético. De certa forma, um trabalho que sempre se diferenciou da arte produzida na Bahia.

O trabalho de Almandrade, tanto pictórico quanto linguístico, vem se impondo, ao longo de todos esses anos, como um lugar de reflexão, solitário e à margem do cenário cultural baiano. Depois dos primeiros ensaios figurativos, no início da década de 70, conquistando uma Menção Honrosa no I Salão Estudantil, em 1972, sua pesquisa plástica se encaminha para o abstracionismo geométrico e para a arte conceitual. Como poeta, mantém contato com a poesia concreta e o poema/processo, produzindo uma série de poemas visuais. Com um estudo mais rigoroso do construtivismo e da Arte Conceitual, sua arte se desenvolve entre a geometria e o conceito. Desenhos em preto-e-branco, objetos e projetos de instalações, essencialmente cerebrais, calcados num procedimento primoroso de tratar questões práticas e conceituais, marcam a produção deste artista na segunda metade da década de 70.

Redescobre a cor no começo dos anos 80 e os trabalhos, quer sejam pinturas ou objetos e esculturas, ganham uma dimensão lúdica, sem perder a coerência e a capacidade de divertir com inteligência.

Um escultor que trabalha com a cor e com o espaço e um pintor que medita sobre a forma, o traço e a cor no plano da tela. A arte de Almandrade dialoga com certas referências da modernidades, reinventando novas leituras.

O artista ainda completa “É permitido o devaneio, e ele dá sentido àquilo que vê”.
Artista plástico e poeta, formado em arquitetura, ele se mostra um artista versátil dentro de sua proposta. Nos seus quase quarenta anos de carreira nas artes visuais caminhou pelo desenho, pintura, escultura, instalações e poesia. Transita entre a bi e a tridimensionalidade, entre a imagem e a palavra de forma fluida. A metamorfose de uma para outra às vezes não se completa e mesmo observando duas formas de expressão distintas elas parecem falar a mesma língua.

Estreia dia 3 de Dezembro-Até 28 de Fevereiro, Terça a domingo das 9h às 21h.
Caixa Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 (Centro)
Tel: (11) 3321-4400 ou 3321-4406
Visite- Entrada Franca

****
Almandrade é o nome artístico de Antonio Luiz M. Andrade, Artista plástico, poeta, arquiteto com mestrado em Urbanismo, pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia, é considerado pela crítica como um pioneiro da arte contemporânea da Bahia., participou de importantes mostras nacionais e internacionais como Bienal de São Paulo. Experimentalista assumido, Almandrade vem se comprometendo com a pesquisa de linguagens artísticas desde l972, onde ora se envolve com as artes plásticas, ora com a literatura. Poeta da arte e artista da poesia. Realizou mais de trinta exposições individuais em várias capitais, autor do livro de poesia “Arquitetura de Algodão”, “Escritos sobre Arte” e “Malabarismo das Pedras” (poesia). É um dos principais divulgadores e crítico da arte contemporânea no Brasil. Ou melhor, um defensor da arte como instrumento de pensamento e não entretenimento

sexta-feira, dezembro 02, 2011

O Unicórnio de Porcelana




Seis linhas de diálogo e três minutos de duração. Estas eram as únicas regras do concurso “Tell It Your Way”, realizado pela Philips. Os diretores tinham liberdade para filmar o tema que quisessem e a produção seria avaliada posteriormente pelo próprio Ridley Scott e premiada com um emprego de uma semana com o diretor.
O nome Keegan Wilcox, um americano, com o filme Porcelain Unicorn (Unicórnio de Porcelana, em tradução livre). Com 3 minutos, ele conseguiu realizar uma narrativa tocante, apelando para o visual mais que para os diálogos, que foram poucos.  O diretor de Blade Runner e Robin Hood afirma: “Eu escolhi Porcelain Unicorn como o ganhador por conta da forte narrativa; uma história completa bem contada e executada”.

domingo, outubro 09, 2011

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De Affonso Romano de Sant'Anna:

Sísifo desce a montanha


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Três sentimentos em Idanha e outros Poemas Portugueses




Cartas de Abril para Júlia